Há uma semana, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, foi levado até uma agência bancária, onde foi descoberto que ele havia falecido, em circunstâncias chocantes. No mesmo dia, sua sobrinha, Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi detida sob acusações de desrespeito ao cadáver e fraude. A cabeleireira tentou sacar R$ 17 mil de um empréstimo pertencente ao idoso, que não tinha filhos e residia em uma casa modesta em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o mesmo local onde ocorreu sua morte.

No mesmo dia, a mulher que foi agredida no fim de semana na prisão prestou depoimento na 34ª DP, de Bangu, por volta das 21h30. Esse depoimento pode ter um impacto significativo na investigação, pois relata que Érika estava sob o efeito de medicamentos controlados, conforme noticiado por “O Globo”.

O relatório descreve Érika como emocionalmente instável, com reflexos desordenados e falta de controle de seus sentidos devido aos efeitos dos medicamentos.

A família da cabeleireira afirmou que ela já foi internada devido a problemas psiquiátricos e precisa de medicação, mas mesmo assim era a principal cuidadora de Paulo. Além de agir após a agressão à cliente, a defesa relatou um diagnóstico de depressão há dois anos e um “uso excessivo de hipnóticos”.

A sobrinha de “tio Paulo” inicialmente negou a morte do idoso antes de levá-lo ao banco. Testemunhas afirmaram tê-lo visto vivo em momentos anteriores à sua entrada na agência. Até o momento, o Instituto Médico Legal não conseguiu determinar o horário da morte, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência indicou até duas horas antes de ser chamado. No entanto, um detalhe importante sugere que Paulo tenha falecido enquanto estava deitado, não sentado, o que é corroborado por imagens das câmeras de segurança que mostram Paulo Roberto, aparentemente sem vida, sendo levado para dentro do banco em uma cadeira de rodas pela sua sobrinha.